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2025, um ano de esperança e encontro com o Senhor 14 de Janeiro de 2025 Papa Francisco anuncia o ano Santo para a Igreja Católica Pe. Cléber Fábio Teodósio
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Neste ano de 2025 a Igreja Católica celebra seu ano Santo, com a temática “Peregrinos da Esperança”. Jesus, segundo o Evangelho de Lucas (4,18-19), anunciou a Sua missão como uma proclamação do "ano da graça do Senhor", ecoando os ideais do Jubileu. A partir disso, a Igreja Católica adotou o Jubileu como um Ano Santo, repetido a cada 100, 50 ou 25 anos, como um período para experimentar a transformação pela santidade de Deus.

O primeiro Jubileu oficial foi instituído em 1300 pelo Papa Bonifácio VIII. Inicialmente, essa celebração ocorria a cada 100 anos, mas sua frequência foi diminuindo ao longo dos séculos, chegando a ser realizada a cada 25 anos. Esses anos santos incluem rituais como a peregrinação e o ato simbólico de atravessar a Porta Santa, representando a conversão e o perdão. Participar do Jubileu permite aos fiéis obter indulgência plenária, promovendo a reconciliação com Deus e com o próximo.

Na bula papal de proclamação do Jubileu ordinário do ano de 2025, datada de 9 de maio de 2024, Papa Francisco nos diz: “Spes non confundit – ‘a esperança não engana’ (Rm 5, 5). [...] Penso em todos os peregrinos de esperança, que chegarão a Roma para viver o Ano Santo e em quantos, não podendo vir à cidade dos apóstolos Pedro e Paulo, vão celebrá-lo nas Igrejas particulares. Possa ser, para todos, um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus, porta de salvação (cf. Jo 10,7.9); com Ele, que a Igreja tem por missão anunciar sempre, em toda a parte e a todos, como sendo a ‘nossa esperança’” (1Tm 1,1).

Em Roma, as celebrações jubilares tiveram início em 24 de dezembro de 2024 e vão até 6 de janeiro de 2026. Porém, nas demais igrejas particulares, o tempo jubilar começou em 29 de dezembro de 2024, com a abertura das Portas Santas, em todas as catedrais e concatedrais, durante a Festa da Sagrada Família e será encerrado no dia 28 de dezembro de 2025, também na Festa da Sagrada Família. Cada comunidade local terá sua própria cruz jubilar.

São símbolos típicos do Jubileu a peregrinação, a porta santa, a reconciliação, a oração, a liturgia, a profissão de fé e a indulgência. Esta última se refere à remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados, isto é, para os quais a absolvição já foi obtida pela confissão, que o fiel, devidamente disposto e em certas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos.
Numa comparação simples: Se o pecado é uma erva daninha no campo da vida, com a confissão, corta-se a erva, deixando o campo limpo, mas a raiz (pena temporal) fica sob a terra do coração. Com a indulgência, arranca-se a raiz, de modo que se limpa o exterior e o interior.    

Conforme orientações da Penitenciária Apostólica, indulgências plenárias serão concedidas durante o ano santo - Jubileu 2025 - a todo fiel que:

. Peregrinar a qualquer lugar sagrado do Jubileu (Roma, Terra Santa e em outras circunscrições eclesiásticas, catedrais diocesanas ou santuários) e participar devotamente da Santa Missa.

. Visitar os lugares sagrados (Roma ou outros lugares sagrados para o jubileu), adorar a eucaristia e meditar, concluindo com o Pai-Nosso, a Profissão de Fé e Invocações à Maria, Mãe de Deus. (Se alguém está impedido de peregrinar por motivo de doença, clausura ou similar, é possível participar do movimento espiritual que acompanha este ano, oferecendo seu sofrimento e seu cotidiano e participando da celebração eucarística localmente).

. Realizar obras de misericórdia e de penitência: Obras de Misericórdia- Corporal ou Espiritual, participando de missões populares, exercícios espirituais, encontros de formação sobre o Concílio Vaticano II e Catecismo da Igreja Católica ou visitas aos necessitados, vendo neles Jesus Cristo. Penitência: Guardar as sextas-feiras (abstendo-se de futilidades, jejuando e devolvendo uma soma proporcional em dinheiro aos pobres, obra social ou religiosa) ou Sacramento da Reconciliação (Confissão).

Apesar da regra geral segundo à qual só se pode lucrar uma Indulgência Plenária por dia a instrução da Penitenciária Apostólica com as normas para receber Indulgências Plenárias durante o Ano Jubilar 2025 determina que “os fiéis que terão praticado o ato de caridade a favor das almas do Purgatório, caso se aproximem legitimamente do sacramento da Comunhão uma segunda vez, no mesmo dia, poderão obter duas vezes, no mesmo dia, a Indulgência plenária, aplicável apenas aos defuntos (entende-se no âmbito de uma celebração eucarística)". A ideia é que, uma vez alcançada a indulgência, o fiel continue na graça de Deus e faça essa bênção chegar aos demais por meio do seguimento fiel a Jesus Cristo.

Em síntese, é necessário praticar as seguintes ações para se conseguir a indulgência plenária jubilar: 1) Peregrinação à Porta Santa, 2) Confissão, 3) Oração pelas intenções do Papa, 4) Comunhão eucarística e 5) Praticar a Caridade.

O Projeto 13 Casas, da Família Vicentina Internacional, foi eleito pelo Papa Francisco exemplo de gesto concreto de caridade do ano jubilar. Ele apoiará os esforços da FHA para devolver a esperança a treze famílias na Síria, construindo casas, destacando uma crise esquecida que continua a afetar tantas famílias.
Que saibamos aproveitar as iniciativas desse jubileu para nos aproximarmos mais de Jesus, sendo sal da terra e luz do mundo e um sinal de esperança para todos.

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